Notícia - 06/03/2020 - 18:00


A Realidade Virtual é o futuro para cursos sobre falar em público?


Quando a realidade virtual (RV) é discutida na mídia, os artigos frequentemente focam em assistir televisão ou jogar vídeo game. Entretanto, a realidade virtual além disso tem o potencial de engrandecer o processo ensino-aprendizagem. Em um novo artigo publicado na "NCA’s Communication Education", os autores Alyssa Davis, Darren L. Linvill, Larry F. Hodges, Albert Florencio Da Costa & Alexzander Lee, examinam como estudantes podem usar a tecnologia de Realidade Virtual para praticar discursos em um curso sobre falar em público e potencialmente reduzir sua ansiedade em se comunicar.



Muitos estudantes experienciam ansiedade em se comunicar. Os alunos podem sentir medo de falar em público de maneira geral ou pontualmente. Davis, Linvill, Hodges, Da Costa e Lee explicam que praticar as habilidades de falar em público, seja durante ou após as aula, ajuda a aliviar situações de ansiedade de alguns estudantes. No entanto, os estudantes com uma ansiedade mais severa tendem a evitar trabalhar e praticar sua oratória, o que pode levar a uma oratória de menor qualidade e insatisfaçāo com o progresso realizado em um curso de falar em público.



A tecnologia de realidade virtual pode ajudar, oferecendo aos estudantes a oportunidade de praticar suas habilidades e reduzir sua ansiedade em comunicação. Durante a introdução do Curso à comunicação humana, os autores recrutaram 195 estudantes para este estudo. No qual os alunos participaram de uma sessão prática para um discurso informativo em duplas ou praticaram seu discurso usando a tecnologia RV no Centro de Comunicação do Campus. O discurso informativo é o primeiro discurso formal destes estudantes. Este requer um esboço e fontes, deve durar entre 5 a 7 minutos e deve refletir as 8 competências da NCA de fala ao público.


Os estudantes foram agendados para horários em grupos de três e, em seguida, foram aleatoriamente designados para dinâmicas de grupo presenciais ou por realidade virtual. 127 estudantes praticavam em dinâmicas de grupo e 69 estudantes praticavam usando a tecnologia RV. Os estudantes de ambas modalidades preencheram pesquisas sobre suas experiências práticas. Nas dinâmicas de grupo, os estudantes praticavam em pares; os estudantes que usaram a RV praticaram suas apresentações sozinhos usando a tecnologia em questão .


Quando os alunos entraram no ambiente de realidade virtual, eles foram solicitados a identificar três objetos no ambiente virtual para demonstrar sua familiaridade com o software. Depois, os estudantes eram introduzidos a uma sala de aula virtual. Ela incluía imagens capturadas de alunos reais em um curso de verão. Os autores cuidaram de replicar comportamentos que os estudantes provavelmente irão ver durante seus discursos: "Um estudante estava sorrindo e concordando, outro parecia que estava prestes a dormir, um terceiro mexeu na mochila em algum momento da gravação". Além disso, os estudantes receberam dicas de melhor uso do tempo e tiveram permissão para consultar os blocos de anotações que eles trouxeram.


Os resultados mostraram que os estudantes a utilizar a tecnologia RV receberam notas finais de oratória semelhantes às recebidas pelos alunos que participaram da dinâmica de grupo. No entanto, os alunos que usaram a tecnologia RV sentiram mais apreensão enquanto praticavam do que os participantes da sessão presencial.


Os autores também apresentaram os dados aos estudantes e solicitaram um feedback adicional. Todos os participantes sentiram que ambas as sessões os ajudaram a se sentirem preparados e menos ansiosos para seu discurso. Os alunos que usaram a tecnologia RV sugeriram que os membros da platéia que se envolviam em comportamentos que os distraiam como, dormir ou olhar na mochila, contribuíram para a apreensão deles.



IMPLICAÇÕES



Davis, Linvill, Hodges, Da Costa e Lee concluem que, embora a realidade virtual cause mais apreensão, ela também pode ajudar os alunos a superar a sua ansiedade em comunicação, porque os estudantes podem se dessensibilizar a falar em público praticando na frente da platéia, potencialmente mais eficientemente do que pessoalmente. Eles sugerem que a tecnologia RV pode ser usada em futuros cursos de falar em público, porque permitiria que os alunos pratiquem em seu próprio tempo, sem agendar horário com os colegas de classe. No entanto, os autores também expressaram preocupações de que a novidade da tecnologia possa torná-la um pouco distrativa.


Além disso, devido ao custo, a RV pode não estar acessível a todos os alunos. Assim, os autores sugerem que pode ser útil para os estudantes praticarem em um local como um Centro de Comunicação, onde poderiam receber serviços adicionais. Os autores observam que a realidade virtual não substitui os serviços de tutoria em geral, sendo que deve ser usada em conjunto com a tutoria presencial. Finalmente, Davis, Linvill, Hodges, Da Costa e Lee observam que a tecnologia RV pode ser útil em formatos de classe on-line ou híbridos.



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